sábado, 16 de janeiro de 2010



POEMA ABANDONADO

Um poema abandonado
Numa página qualquer
Nunca d´ antes então lembrado
Como um velho bem-me-quer


Um poema enclausurado
Em sua linha diacrónica
Tanto tempo ali parado
Sua cegueira já é crônica


Rasgue o lacre grite o verso
Que o poema transcendeu
Esse sonho é tão perverso


Foi você quem concebeu
Malfadado beijo inverso
O poema aconteceu.

Julio Costa

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