terça-feira, 22 de junho de 2010


SOLITÁRIO


Como um fantasma que se refugia

Na solidão da natureza morta,

Por trás dos ermos túmulos, um dia,

Eu fui refugiar-me à tua porta!


Fazia frio e o frio que fazia

Não era esse que a carne nos contorta...

Cortava assim como em carniçaria

O aço das facas incisivas corta!


Mas tu não vieste ver minha Desgraça!

E eu saí, como quem tudo repele, --

Velho caixão a carregar destroços --


Levando apenas na tumba carcaça

O pergaminho singular da pele

E o chocalho fatídico dos ossos!


Nenhum comentário:

Postar um comentário